Tentando não sofrer demais
derramou o que tinha de mais íntimo pela janela.
As luzes da cidade bridavam sua tristeza
E deixavam às claras as lágrimas que lhe eram viscerais.
Despedaçou-se debaixo das estrelas
E suas luzes faziam arder seus olhos.
Um vazio estremecia sua voz:
Calou-se.
Transformou lágrimas e vazio em aperto,
Um nodo lhe sufocava
Perdeu o ar…
e recuperou com uma lembrança.
Seu corpo debruçado na janela era solidão.
Era luz.
Um corpo cru que irradiava consciência.
Das luzes aglomeradas ao seu redor
Foi no exílio de seu corpo que encontrou claridade:
Há esperança!